Indochina, o fim do jejum.


Reza a lenda que Parameswara, um principe da Ilha de Sumatra, viajou para uma caçada e enquanto descansava sob uma árvore próximo a um rio, observou um pequeno veado-rato empurrar um de seus cães de caça rio adentro. Impressionado com a coragem do animal e com o que considerou um bom presságio, Parameswara teria decidido fundar ali um império, chamando-o Melaka, nome da árvore sob a qual ele se havia abrigado.


É sobe as mesmas árvores em Malaca, onde portugueses desembarcaram em 1511, que este "projecto" (leia-se, desculpa ;) tem intenções de iniciar e terminar a sua rota. Pelo caminho 8 países com uma diversidade cultural, étnica e religiosa incrível. Uma terra povoada por sultões e dragões, um território com uma exuberância natural soberba que contrasta com a simplicidade e simpatia do seu povo.


Apesar de já ter viajado pela Tailândia e pelo mar da Andaman, esta é uma das regiões que sempre coloriram o meu imaginário e onde sempre desejei rodar de moto. O karma quis que no ano passado o meu caminho se cruza-se com o de Sunny Oh, um motociclista malaio com quem partilhei uma semana de viagem de moto pela Europa.

Homem experiente e viajado, com um sorriso permanente e viciado em "Bacalau", o Sunny tornou-se um bom amigo mas cometeu o erro (coitado) de me dizer a frase: "...quando fores à Malásia tens lá moto..."


Vou começar pelo sul, pelo estreito de Malaca, as metrópoles de Kuala Lampur e Singapura, subindo de volta pelo golfo da Tailândia até à ilha de Ko Samui. Depois atravesso a península para espreitar o Myanmar antes de voltar a descer pela costa do Mar da Andaman até às areias de Phuket e Krabi. Em Penang vou investigar o ferry para Sumatra e se for possível, descer atravessando a ilha Indonésia de volta a Malaca.


Para o ano fica a segunda etapa, Cambodja, Vietnam, Laos e o norte da Tailândia... mas sem pressas, logo se vê.

Depois de quase 3 anos de jejum exploratório é tempo de voltar a vadiar.

Dia 17 começa a faina!

Comentários

  1. Boa sorte Carlos Azevedo, nota-se que você é um nômade por natureza, gostaria muito de conhecer o oriente, mas estou do outro lado do mundo, aqui fico rodando pela América do Sul, recomendo a você a viajar pela Amazônia, descendo o rio Madeira e Amazonas serão mais 3 mil quilômetros de rios, Avante.

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