Manaus, 35 graus!

O calor é muito mas nós já estamos adaptados, chegámos ontem ao meio da tarde à capital da Amazonia. Assim que chegámos ao centro ligámos ao Harles e ao Gao e depois de uma busca pelo centro encontrámos um hotel à nossa medida, barato e com garagem, o Hotel Juliana! A noite já caiu e o calor continua mas agora acompanhado de mosquitos, fugimos para um barzinho animado e procurámos o nosso refresco favorito, Skol estupidamente gelada, o Gao e o Harles vieram ao nosso encontro e ficamos conversando noite dentro. Mais uma recepçao que vai ficar na memoria, já se pensa mesmo em abrir uma sucursal do Brasil Riders em Portugal, o Cicero deve chegar a Manaus hoje ou amanhã e nós gostariamos muito de tomar uma cerveja com ele antes de seguir viagem. Esta coisa das viagens de moto é mesmo um mundo pequeno, encontrámos um Italiano que está rodando à 11 meses pela America, como é normal nestas ocasioes trocámos informações e percebemos que os nosso contactos eram os mesmos, tanto na Venezuela como no Brazil, todos conheciamos todos, parece uma familia gigante e muito solidaria. Ontem o dia acordou novamente com chuva forte, vestimos os impermeáveis e avançamos para Sul. A poucos quilometros do Equador a chuva parou mas o ceu continuava muito carregado. Na linha do equador existe ao lado da estrada "A praça do centro do Mundo" onde um monumento marca a linha que divide o planeta em dois hemisférios. Para nós mais importante do que trocar de hemisfério é entrar no verão tropical, teoricamente a epoca ideal para viajar por estas bandas. Tirámos as fotos da praxe, saboreámos mais um objectivo alcançado, e seguimos até à Reserva Indigena de Waimiri Atroari. A reserva tem regras muito rigidas, durante a travessia de 130 kms não se pode parar, tirar fotos, filmar e o indio que nos recebeu na entrada não tinha cara muito amistosa. A reserva é uma belesa, um pedáço de Amazonia imaculado, sem zonas destruidas nem construções, pelas margens da estrada podem se ver alguns indios ainda vestidos tradicionalmente e utilizando ferramentas originais. Cada dia vemos mais vida selvagem, principalmente aves exoticas e pequenos mamiferos. A estrada é muito esburacada, a gincana permanente ajuda a manter a concentração nas enormes retas que atravessam as colinas da floresta, em algumas zonas não existe mesmo asfalto, é nestas altura que acho que escolhemos bem as motos. Agora que já estamos calejados :) os bancos são tão confortáveis como os das BMW, são leves e absorvem os buracos com facilidade. Estão todas a portarem-se bem, até agora nenhuma avaria a registar, apenas o esperado consumo de oleo das Yamahas e alguns parafusos que desistem da viagem. O kit de parafusos que o Artur nos deu já serviu 3 vezes, obrigado Artur mais uma vez. Com 2500 quilometros completamos o primeiro quarto da viagem, vamos tirar um dia de folga das motos e visitar Manaus e as redondesas. O Gao e o Harles devem aparecer mais logo, parece que hoje tem churrasquinho...

Comentários

  1. Portuga querido!

    viajamos com vocês lendo seus textos! Lindos! Nem acredito que não estamos aí...
    Um beijo enorme, aliás, mande um também para o Gau, se ainda encontrá-lo!

    Boa viagem e até Bonito, se Deus quiser!

    Verbena / André

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